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Prebióticos e Probióticos

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Prebióticos são componentes alimentares que estimulam o crescimento de bactérias intestinais que beneficiam a saúde. Habitualmente são fibras ou açúcares complexos. Os probióticos são microrganismos vivos que quando consumidos melhoram a saúde. Para compreendermos melhor estes conceitos, importa compreender o que é o microbioma. O microbioma é o conjunto de micróbios que habitam o nosso organismo e que participam em diversas funções biológicas. Estima-se que por cada célula do nosso corpo, transportamos connosco 10 bactérias. O microbioma tem sido implicado em tantas funções que não há área da medicina na qual não estejam a decorrer estudos sobre a sua composição, funções e possibilidades terapêuticas.

O microbioma mais estudado é o microbioma intestinal. Sabemos já que a colonização com estas bactérias, que compõem o que se chamava flora intestinal, se inicia ainda no útero. O estabelecimento de um microbioma equilibrado é mais rápido nas crianças que nascem por parto vaginal e mais lento quando nascem de cesariana. Mas o principal fator diferenciador é o aleitamento materno. Quando há desequilíbrio das proporções das várias colónias de bactérias que compõem o microbioma intestinal, dizemos que há disbiose intestinal. Os fatores mais implicados na disbiose são o aleitamento artificial, o uso de antibióticos, a urbanização e poluição ambiental, a agricultura intensiva e o processamento dos alimentos. Parece pouco importante ter as bactérias intestinais um pouco baralhadas, e até há pouco tempo achava-se que esse desequilíbrio influenciava apenas o trânsito intestinal e pouco mais. Atualmente acredita-se que a disbiose intestinal está implicada em doenças tão diferentes como as alergias e intolerâncias alimentares, a diabetes, a obesidade, a doença inflamatória intestinal, as cólicas do lactente, infeções recorrentes, alterações do humor e diarreias infeciosas e por uso de antibióticos.

As funções do microbioma são muitas e variadas. A função dos probióticos é promover o equilíbrio do microbioma para otimizar a sua função. Existem no mercado diversos probióticos na forma de suplementos alimentares ou adicionados a alimentos. Mas os probióticos não são todos iguais. Para além dos seus benefícios estarem dependentes da estirpe bacteriana em questão, a qualidade de muitos desses produtos deixa muito a desejar. Um produto que diz no rótulo que tem um probiótico pode ter uma estirpe pouco útil, ou uma quantidade inferior à necessária.

Mas na alimentação muito pode ser feito para promover a saúde do microbioma. Promover o aleitamento materno e evitar o consumo de produtos de agricultura intensiva e alimentos processados será o primeiro passo. Mas alguns alimentos, por vezes chamados de alimentos funcionais, são ricos em prebióticos e/ou probióticos e promovem por isso a saúde de quem os consome.

A batata-doce, a abóbora, cebola, o alho-francês, o tomate, a banana, a maçã com casca, a chicória, a semente de linhaça e o mel são exemplos de alimentos ricos em prebióticos. Os alimentos ricos em probióticos são os alimentos fermentados como o iogurte, o kefir, o miso (tradicional japonês), alguns queijos e a couve fermentada (por exemplo o chucrute).

in Comer bem, crescer saudável